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    Cabo Frio: De Destino Turístico a Guardião da Memória

    admin_rjnoarBy admin_rjnoar09/07/2025Nenhum comentário4 min de leitura
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    Carlos Scliar defende a importância cultural e histórica de Cabo Frio em entrevista
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    Uma Cidade de Memórias e Transformações

    Com mais de 6 mil edições impressas, a Folha inicia a republicação de textos que são marcos na história da região, começando com um artigo impactante de Carlos Scliar, publicado em 11 de novembro de 1995. Neste texto, o artista expressa sua visão sobre Cabo Frio, enfatizando a necessidade de valorizar a cultura e a memória local.

    “Cabo Frio esteve presente em um dos meus primeiros encontros com o Brasil”, compartilha Scliar. O artista, que vive no Rio de Janeiro e atua há mais de cinquenta anos como artista, jornalista e cronista, revela seu profundo laço com essa cidade da região dos lagos. “Mantenho uma residência aqui, onde vivenciei tanto sua ascensão quanto seus desafios”.

    Segundo Scliar, foi o jornalista Mário Faustino quem o apresentou a Cabo Frio, destacando a importância de seu amigo, Aloísio de Paula, que o incentivou a se conectar com a cidade. No entanto, a experiência de Scliar é marcada por um sentimento de desilusão, ao perceber que Cabo Frio se transforma constantemente, muitas vezes em detrimento de seus valores históricos. “Havia uma nostalgia entre os artistas que por aqui passaram”, conta.

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    Preservação da Identidade Cultural

    O artista reflete sobre a rica herança cultural de Cabo Frio, que remonta ao século XVII, ressaltando a influência da cultura indígena e africana. No entanto, ele lamenta que a cidade tenha perdido muito de sua história ao longo do tempo. Scliar dedica 70% de seu tempo à cidade, que considera um espaço de trabalho e criação, mas alerta sobre as mudanças provocadas pelo turismo. “Hoje em dia, torna-se difícil realizar um trabalho profundo sem encarar a perda da história local”, critica.

    Scliar, que se considera um defensor da memória, acredita que o futuro das cidades depende de sua capacidade de valorizar o patrimônio cultural. “As pessoas que habitam um lugar são o verdadeiro patrimônio”, afirma. Recentemente, Scliar esteve em uma temporada onde aprofundou seu contato com a pintura e a arte popular do Brasil, e está desenvolvendo um projeto intitulado ‘Brasil de Pargo Amarelo’. Esta iniciativa busca criar um museu popular itinerante, com o intuito de conscientizar a população sobre a importância do resgate cultural.

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    Desafios e Esperanças para o Futuro

    O artista critica a urbanização desordenada em Cabo Frio e a falta de compromisso de alguns com a preservação da memória local. “Fico triste ao ver como as gerações mais jovens perderam o vínculo com a cidade. Meu filho nasceu aqui, mas temo que ele não consiga viver com liberdade neste lugar”, desabafa.

    Scliar destaca a urgência de ações concretas para proteger o patrimônio cultural e ambiental da cidade, que segundo ele, está sendo destruído por seus próprios habitantes. “Cabo Frio precisa se reinventar e valorizar sua história”, alerta.

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    Com novos mapas e ideias em mãos, Scliar se mostra otimista. “Ainda há espaço para transformações, desde que Cabo Frio seja vista como um lugar de encontros e cultura”, enfatiza. Para ele, deixar um legado de trabalhos na cidade é uma forma de esperança. “Estamos vivos e precisamos de espaço para criar, não para destruir. Cabo Frio deve se tornar um lugar de memória, não apenas um destino turístico”.

    Embora Scliar não se considere o detentor da verdade, sente que tem a responsabilidade de defender a cultura e a história de Cabo Frio. Sua mensagem é clara: a cidade possui um potencial imenso, que ainda pode ser resgatado e celebrado.

    arte Cabo Frio Carlos Scliar cultura memória
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