Questionamentos sobre a Aplicação de Recursos na Educação
O deputado estadual Carlos Minc, do PSB, solicitou à Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc) esclarecimentos acerca da recente compra de 350 sensores pineais EEG, no valor de R$ 3,8 milhões. Esses equipamentos são destinados à avaliação do funcionamento da glândula pineal no cérebro, mas a aquisição gerou uma série de questionamentos por parte do parlamentar.
Minc expressou sua surpresa em relação a essa compra significativa e, por meio de um ofício endereçado à secretária de Educação, Roberta Oliveira, levantou diversas questões importantes. O deputado questiona primeiramente a real necessidade pedagógica da aquisição desses aparelhos. Além disso, ele indaga sobre em quais instituições de ensino os equipamentos serão instalados e qual a sua utilidade prática no dia a dia escolar.
Outro ponto abordado no ofício refere-se ao número de alunos que realmente poderiam se beneficiar com a introdução dessa tecnologia nas salas de aula. O deputado também se mostrou preocupado com a qualificação dos profissionais da rede estadual que serão responsáveis por operar os sensores EEG, afinal, o conhecimento técnico é fundamental para o uso eficaz desses dispositivos.
Por último, Minc pediu esclarecimentos sobre a razão pela qual a compra dos aparelhos foi considerada uma prioridade dentro da gestão da Seeduc, especialmente em um momento em que muitos outros aspectos da educação poderiam requerer atenção e investimento. Até o momento, a secretária Roberta Oliveira não respondeu ao ofício enviado pelo deputado, o que levanta ainda mais especulações sobre a decisão.
Além dessa questão, é importante ressaltar que o investimento em tecnologia educacional deve ser acompanhado de um plano claro de implementação e capacitação, garantindo que os recursos sejam aplicados de maneira a realmente promover melhorias na qualidade do ensino.
O debate em torno da destinação de verbas públicas na educação é essencial, e a transparência nas aquisições deve ser uma prioridade para garantir a confiança da população nas decisões governamentais.

