Direção do Rui Barbosa e Sepe Exigem Participação
O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe Lagos) e a direção do Colégio Municipal Rui Barbosa expressaram, em entrevista à Folha dos Lagos, sua insatisfação com o que consideram a exclusão de suas vozes nas reuniões que envolvem o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Prefeitura. Essas reuniões têm como foco o fechamento das escolas municipais de ensino médio na cidade. Embora sejam partes interessadas, a direção e o sindicato afirmam que não foram convidados para a última reunião, realizada no início de agosto, onde se discutiu a transferência dos alunos do Rui Barbosa para o Instituto Federal Fluminense (IFF). Essa transferência, apesar de mencionada na ata oficial, foi negada em nota pelo IFF.
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“Houve o afastamento de toda a sociedade civil”, afirma Renato Lima, advogado do Sepe-RJ e responsável pelas ações do Sepe Lagos. Segundo ele, a argumentação do MPRJ é de que se trata de uma questão técnica que envolve apenas os órgãos governamentais, o que gera descontentamento entre os educadores.
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A diretora do Rui Barbosa, Ivana Márcia Veríssimo dos Santos, revelou à Folha que desde abril busca autorização do Ministério Público para que a escola participe das reuniões, mas todos os pedidos foram indeferidos. “Nós enviamos solicitações para participar das discussões e pedimos uma audiência com a Promotoria, mas fomos negados”, disse Ivana. “A justificativa foi de que o tema já está judicializado e, portanto, a participação da escola não seria necessária.”
O descontentamento da comunidade escolar levou a uma manifestação pública em junho, onde um dos objetivos foi denunciar ameaças ao patrimônio cultural que o Rui Barbosa representa. Reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial, a escola é vista como um símbolo educativo local e merece respeito, segundo a diretora. A situação se agravou quando o MP indeferiu novos pedidos de audiência e recursos. “Estamos preocupados com o futuro da escola e de nossos alunos”, enfatizou.