Licença em meio a investigações
Na última quarta-feira, 10, o deputado estadual Rodrigo Bacellar, do União Brasil, solicitou uma licença de dez dias do seu mandato na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O pedido foi feito um dia após sua libertação, que ocorreu depois de uma semana de detenção sob suspeita de obstrução de Justiça. Esta decisão marca um momento tenso na política fluminense, com Bacellar afastado da presidência da Casa legislativa e voltando ao trabalho apenas no dia 19 de dezembro, véspera do recesso parlamentar.
Após sua prisão, Bacellar havia permanecido na superintendência da Polícia Federal, onde se encontrava sob investigação por vazamento de informações relacionadas à operação que resultou na prisão do ex-deputado Thiego Santos, conhecido como TH Joias. Santos é investigado por supostos laços com a facção criminosa Comando Vermelho.
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A licença de Bacellar será oficialmente publicada em uma edição extra do Diário Oficial do Rio. Em comunicado, a Alerj revelou que o deputado se afastou do mandato para ‘tratar de assuntos de caráter particular’. No entanto, a decisão de se licenciar foi previamente divulgada pelo jornal O Globo, que sugeriu que poderia se tratar de uma estratégia do deputado para ganhar tempo e reavaliar sua situação após o incidente.
Acusações graves e medidas cautelares
Informações da Polícia Federal apontam que Bacellar teria alertado TH Joias sobre uma possível prisão que ocorreria em setembro, orientando-o a remover quaisquer evidências de sua residência. O ex-parlamentar enfrenta acusações sérias, incluindo lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e o comércio ilegal de armas.
Na noite de terça-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, concedeu liberdade provisória a Bacellar, mas impôs uma série de restrições. Além de ser afastado da presidência da Alerj, Bacellar agora é obrigado a usar uma tornozeleira eletrônica e deve cumprir regras de recolhimento domiciliar durante a noite, bem como nos fins de semana e feriados. Em sua decisão, Moraes, que atua como relator do caso, enfatizou que essas medidas cautelares são fundamentais para garantir a ordem pública e viabilizar a continuidade das investigações criminais necessárias para assegurar a aplicação da lei penal.

