Desdobramentos da tragédia em Joinville
Informações recentes trazem à luz a tragédia que chocou a cidade de Joinville, em Santa Catarina, na madrugada desta quinta-feira (11). Uma ex-servidora da Prefeitura de Cabo Frio, identificada como Ingrid Iolly Araújo Silva Berilo, de 40 anos, foi assassinada em um evento trágico que mobilizou a Polícia Civil e o SAMU. O caso, registrado como homicídio doloso seguido de suicídio, ocorreu na residência da vítima, localizada na rua Graviola, no bairro Saguaçu.
O alerta foi feito pelo irmão do principal suspeito, Ramzi Mohsen Hamdar, de 49 anos, natural do Líbano, que ao chegar ao local encontrou o homem sem vida, segurando uma pistola calibre .380. A polícia encontrou o corpo de Ramzi no segundo andar da casa. Ele residia em Joinville há 25 anos e trabalhava como motorista de aplicativo.
Além de Ingrid, outras vítimas foram encontradas na cena do crime: o filho de 11 anos, que estava deitado sobre a cama, e o filho de 15 anos, encontrado próximo à porta de um quarto. A sogra de Ramzi, Rita de Cássia Pereira Araújo Silva, de 65 anos, também foi baleada e, apesar de gravemente ferida, foi socorrida ao Hospital São José.
Histórico e Dinâmica Familiar
A Polícia Civil revelou que Ramzi e Ingrid compartilhavam a residência há aproximadamente um ano e enfrentavam significativos problemas conjugais e financeiros. É importante destacar que a filha de Ramzi e dois enteados já haviam solicitado medidas protetivas contra ele devido a comportamentos agressivos. O histórico criminal de Ramzi inclui registros por ameaça, invasão de propriedade, desobediência a decisões judiciais, além de injúria, calúnia e difamação.
Segundo relatos de vizinhos e familiares, o crime teria acontecido por volta das 3h da madrugada. Moradores da região ouviram mais de 20 disparos e gritos vindos da residência, levando-os a acionar a polícia imediatamente. A Polícia Científica está avaliando a possibilidade de que Ramzi tenha sofrido um surto durante o ataque, embora essa linha de investigação ainda esteja em andamento.
O Legado das Vítimas
Ingrid e seus filhos eram naturais do Rio de Janeiro e, segundo informações, não possuíam antecedentes criminais. Conhecida por sua dedicação ao serviço público, Ingrid era lembrada com carinho por colegas de trabalho, que destacaram sua relação próxima com os filhos. Poucas semanas antes da tragédia, ela havia compartilhado uma declaração de amor ao marido nas redes sociais, descrevendo sua relação como intensa e complementar.
As investigações continuam sob a supervisão da Polícia Civil e da Polícia Científica, que buscam determinar as circunstâncias que levaram a essa tragédia e a motivação por trás das ações de Ramzi. O caso traz à tona questões preocupantes sobre a violência doméstica e os desafios enfrentados por famílias em situações de crise.