Exemplar Centenário de Jequitibá-Rosa
Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Mata Atlântica) fizeram uma descoberta significativa no Parque Estadual da Pedra Branca, localizado em Guaratiba, na zona oeste do Rio de Janeiro. Um imponente jequitibá-rosa, que se estima ter cerca de 500 anos, foi registrado. Com aproximadamente 40 metros de altura, equivalente a um edifício de 13 andares, e uma circunferência de 7 metros, a árvore é um verdadeiro símbolo da biodiversidade local.
Segundo os biólogos da Fiocruz Mata Atlântica, Monique Medeiros Gabriel e Jaílton Costa, o jequitibá-rosa está situado a 1 quilômetro dentro da floresta, a uma altitude de 200 metros. A preservação deste exemplar é atribuída ao seu acesso restrito, que se dá por meio do Sítio Jequitibá-Rosa, uma propriedade particular de Carlos Sergio Raposo, que também mantém outras árvores da mesma espécie.
Leia também: Boletim da Fiocruz Alerta para SRAG em Crianças no Acre: Situação Crítica
Fonte: acreverdade.com.br
A Fiocruz destaca que o local é um importante remanescente da Floresta da Pedra Branca e abriga uma rica diversidade de plantas e árvores de grande porte. Esta descoberta ressalta a importância da conservação desse ecossistema único.
Risco de Extinção e Medidas de Conservação
O biólogo Thiago Fernandes, também da Fiocruz Mata Atlântica, alerta para a situação crítica do jequitibá-rosa, que é uma espécie exclusiva da Mata Atlântica e enfrenta graves riscos de extinção. Entre as principais ameaças, estão a exploração madeireira e a destruição de seu habitat natural. “A espécie foi marcada para coleta de sementes e produção de mudas no horto da Fiocruz Mata Atlântica, visando sua reintrodução na natureza. Esta ação está em conformidade com as recomendações de instituições oficiais de conservação, como o Centro Nacional de Conservação da Flora [CNCFlora]”, afirmou Fernandes.
Leia também: Descoberta de Nova Espécie de Peixe Marca Avanço na Biodiversidade
Fonte: olhardanoticia.com.br
Estação Biológica Fiocruz Mata Atlântica
Fundada em 2016, a Estação Biológica Fiocruz Mata Atlântica (EBFMT) representa um marco na pesquisa sobre biodiversidade e saúde. É a primeira estação biológica ligada ao Ministério da Saúde e a primeira do município do Rio de Janeiro, além de ser a pioneira no mundo com foco na interação entre saúde e biodiversidade.
A EBFMT também desempenha um papel fundamental na restauração ecológica da Mata Atlântica, especialmente na área da extinta Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, alinhando-se aos objetivos do Parque Estadual da Pedra Branca. Esta iniciativa demonstra o compromisso da instituição com a preservação ambiental e a promoção de um futuro mais sustentável.