A Crítica de Malafaia à Pré-Candidatura de Flávio
O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, voltou a manifestar suas reservas em relação à pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro à presidência em 2026 pelo PL. Malafaia argumentou que Flávio não possui a “musculatura política” necessária para encarar uma disputa ao cargo máximo do Executivo. Segundo ele, o anúncio da candidatura foi mal conduzido, ressaltando a falta de uma estratégia sólida por parte do parlamentar.
“Para evidenciar a falta de estratégia de Flávio, ele não se reuniu inicialmente com seu próprio partido para discutir a proposta. Ao invés disso, preferiu utilizar uma rede social, achando que poderia impor sua pré-candidatura goela abaixo. Não funciona assim”, declarou Malafaia, referindo-se à condução do anúncio.
Apoio em Um Momento de Vulnerabilidade
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O pastor também destacou que o apoio de Jair Bolsonaro à candidatura de seu filho foi feito em um momento de fragilidade emocional do ex-presidente. “Flávio usou um direito que nenhum de nós possui: visitar o pai. Ele foi até lá em um período de vulnerabilidade emocional, e isso foi explorado. Ninguém viu como essa conversa ocorreu”, comentou Malafaia, relembrando que, no dia anterior, a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, esteve com o ex-presidente sem que houvesse menção sobre a candidatura.
A Visão Estratégica de Malafaia para a Direita
Segundo Malafaia, a direita no Brasil não terá sucesso nas eleições sem se alinhar com o Centro. Ele sugere que uma chapa que tenha como cabeça de chapa o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com Michelle Bolsonaro como vice, seria a composição ideal. De acordo com o pastor, Tarcísio, ao ser menos rejeitado, poderia atrair votos de eleitores que não estariam inclinados a apoiar Luiz Inácio Lula da Silva ou Bolsonaro.
O Cenário Político para Flávio
Flávio Bolsonaro oficializou sua candidatura no dia 5 de dezembro, sendo escolhido por seu pai para o posto. Apenas três dias após esse anúncio, Ciro Nogueira (PP), presidente do Partido Progressista, ressaltou que a política não se baseia somente na amizade, mas sim em pesquisas, viabilidade e diálogo com partidos aliados. Isso levantou questões sobre a capacidade de Flávio em unir a oposição, uma preocupação que já estava presente nas mentes dos líderes do Centrão.
Em uma reunião marcada entre Flávio, Ciro e outros líderes partidários, apenas Valdemar Costa Neto (PL) demonstrou apoio público à candidatura, afirmando que “se Bolsonaro falou, está falado”. No entanto, a falta de comunicação com os outros partidos antes do anúncio causou descontentamento. O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), confirmou que muitos não foram avisados sobre a movimentação, o que exigiria que cada legenda discutisse a questão internamente.
A Reação de Flávio e o Futuro da sua Candidatura
Após a reunião, Flávio se manifestou, reafirmando que sua candidatura era irreversível, apesar das dúvidas levantadas por outros líderes. “Minha relação com Ciro, Rueda e outros nomes é muito boa. Eles se preocuparam com o meu nome, baseando-se em pesquisas, e reafirmei que minha candidatura não volta atrás”, destacou ele durante sua visita ao pai na Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília.
Ainda que Flávio tenha tentado assegurar seu espaço no cenário político, os indícios apontam que a ausência de um suporte substancial pode complicar sua trajetória rumo à presidência. Até hoje, nenhum dos partidos envolvidos se manifestou publicamente em apoio à sua candidatura, o que deixa uma incerteza no ar quanto ao futuro político do senador.

